Natividade

Natividade preserva a arquitetura colonial, festas religiosas tradicionais, folclore, gastronomia típica e atrativos naturais que encantam os turistas.

O município de Natividade remonta às origens do Tocantins, ao ciclo do ouro, quando os bandeirantes enfrentaram a resistência dos índios Xavantes e ocuparam a região Norte de Goiás, entre 1724 e 1734, dando origem ao primeiro povoamento do estado. Natividade hoje possui cerca de 10 mil habitantes, mas chegou a ter 40 mil escravos no Ciclo do Ouro. Ainda hoje, Natividade tem minas de ouro em atividade e se destaca pela produção de joias artesanais.

O conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico de Natividade foi tombado pelo IPHAN, em 1987. Seu centro histórico possui cerca de 250 prédios coloniais e igrejas preservadas, entre ruas estreitas e muros de pedra construídos por escravos, guardam a memória do Tocantins. Natividade conserva, ainda hoje, seu traçado urbano original assim como as igrejas da Matriz de Natividade e de São Benedito, e as ruínas da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, considerada um dos símbolos do novo Estado do Tocantins.

Entre as igrejas destacam-se a de São Benedito e a Matriz de Nossa Senhora da Natividade, de 1759. No altar, os nativitanos veneram a imagem da padroeira do Tocantins que chegou ao estado pelo rio Tocantins e foi levada pelos escravos até o Arraial. Os negros também ergueram a igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, construída em pedra canga. A obra, até hoje inacabada, foi iniciada no século XVIII e paralisada por volta de 1817. As ruínas de natividade são uma das referências da raça negra no coração do Brasil.

As tradições dos povos quilombolas também estão presentes no folclore e festas religiosas, entre elas, a do Divino Espírito Santo. Já o Centro Bom Jesus de Nazaré (Sítio da Jacuba) destaca-se pelas construções feitas com pedras. São figuras que representam humanos, magos, pássaros gigantes, formas estelares e geométricas. O local é considerado místico pelos moradores da região e visitantes. As obras são feitas a partir das “visões” de Dona Romana, moradora local.

Natividade também atrai turistas em busca de natureza e aventura. O ecoturismo é propiciado por trilhas, rios e cachoeiras. No Paraíso das Águas, os visitantes têm opções de banho nas cachoeiras do Purgatório, do Amor e Paraíso. Nessa última, a água some em um poço e reaparece numa cascata que se forma no cânion. Já a caminhada pela trilha de 6 km até o alto da Serra de Trindade, leva o visitante às ruínas da povoação original, conhecida como Arraial de São Luiz, além da contemplação da natureza rica em diversidade da fauna e flora.

■ PONTOS TURÍSTICOS

# 1 Cachoeira Paraíso
A Cachoeira Paraíso possui diversas quedas d’água de médio e pequeno porte, em meio a pedras e paredões rochosos formando, ao longo do percurso, piscinas naturais de águas verdes e transparentes.

# 2 Museu Histórico de Natividade
Os visitantes podem conhecer um pouco da história da cidade visitando o local. No local funcionava uma antiga cadeia, da época do Império. A construção abriga o Centro de Artesanato e Apoio ao Turista, a Oficina de Ourivesaria Mestre Juvenal, uma loja de comercialização de produtos artesanais, além de uma exposição permanente com artefatos encontrados na região.

# 3 Ruína da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos

A Ruína está localizada no Largo do Rosário. A edificação é um remanescente da arquitetura religiosa do século XVIII, construída em pedra e tijolos artesanais. A obra ficou inacabada e se caracteriza como uma ruína.

Tombada pelo Iphan, a edificação está inserida no Conjunto Arquitetônico, Paisagístico e Urbanístico de Natividade. O monumento apresenta paredes que delimitam o espaço que seria constituído pela capela-mor, vestígios da fundação da nave e das capelas laterais e negativos de encaixes de cobertura que indicam a existência de cobertura nas capelas laterais (sacristia e consistório). A fachada principal é marcada pelo arco do cruzeiro em tijolos artesanais, composto por pilastra com capitel, fuste e base.

■ COMO CHEGAR

De Carro:
Palmas – Porto Nacional, pela TO-070. Em seguida Porto Nacional – Silvanópolis, pela TO-050. Silvanópolis – Natividade, pela BR-010.

De Ônibus:
Terminal Rodoviária de Palmas
Endereço: Av. Hélio, 125 – Plano Diretor Sul, Palmas – TO

De Avião:
Aeroporto Brigadeiro Lysias Rodrigues
Endereço: Av. Joaquim Teotônio Segurado, s/n – Plano Diretor Estação Sul, Palmas – TO
(63) 3219-3700

■ MAPA DA REGIÃO